Insectos do Solo - Diabrótica em Milho

Diabrotica virgifera virgifera


Descrição
 

Nativa da América do Norte, a diabrótica chegou à Europa Central em 1992, à Itália em 1998 e foi detectada em França em 2002. Os focos desenvolvem-se lentamente, mas quase todos os anos há novos surtos.

Adulto: Com 5 a 6 mm de comprimento, a diabrótica adulta tem 3 listras pretas longitudinais que se destacam do fundo amarelo dos élitros. É caracterizada por antenas longas, localizadas próximas umas das outras na testa e voltadas para trás.

Larva: A diabrótica passa por 3 fases larvares de 7 a 9 semanas. No final do desenvolvimento, a larva atinge 10 mm e é branca-amarelada com a cabeça mais escura.

Ovo: Com uma aparência branca, o ovo mede cerca de 0,5 mm. Passa o Inverno no solo a 15 cm de profundidade e eclode de Maio a início de Junho.



Ciclo de desenvolvimento
 

A Diabrótica virgifera tem apenas um ciclo de desenvolvimento por ano.

Os primeiros adultos aparecem em Julho e voam por entre a folhagem para se alimentar das sedas e das folhas de milho. Podem viajar mais de 2 km, e podem ser transportados a longas distâncias pelo vento.

Entre Agosto e Outubro, as fêmeas põem os ovos no solo. A fêmea é extremamente fértil e pode pôr até 1 000 ovos. Os ovos hibernam em diapausa embrionária no solo e eclodem na Primavera seguinte.

As larvas penetram no solo onde irão comer as raízes do milho desde a fase de 3-4 folhas.



Danos
 

Os principais danos são causados pelas larvas que consomem as raízes do milho. Quanto mais as larvas crescem, mais os danos são graves e visíveis. Causam danos nas raizes primárias e secundárias, reduzindo a absorção de água pela raiz e assim a absorção de nutrientes. Os prejuízos podem ser significativos e os ataques mais fortes são responsáveis pela acama.

Os ataques de adultos são menos prejudiciais. Acontecem a nível da espiga e causam a secção das cerdas. Isso afecta a polinização das espigas, o que leva à uma não-formação dos grãos. Os adultos também atacam as folhas e as panículas.