Lagarta do Tomate

Helicoverpa armigera

Lagarta-do-tomate

Solucione a praga da lagarta do tomate. Conheça a sua morfologia e bioecologia, os danos que provoca na cultura e as soluções que a Syngenta lhe oferece.

A lagarta é a praga que, de forma directa e mais frequente, origina maiores quebras de produção nesta cultura. A antecipação a estas quebras consegue-se por monitorização das curvas de voo dos machos, por observação e contagem dos ovos e detecção de larvas nos primeiros estágios larvares (L1 e L2). Outras lagartas também são passíveis de ser encontradas na cultura do tomate mas a sua incidência e grau de ataque não é tão relevante.

Danos na cultura

A lagarta nos estágios iniciais causa pequenos danos ao alimentar-se das pequenas folhas dos novos rebentos do tomateiro, posteriormente ao introduzir-se no interior dos frutos - geralmente ainda verdes – é que ocasiona os maiores prejuízos. Os danos desta praga podem levar a quebras de produção de até 15 t/ha, em que grande parte dos frutos afectados apodrece antes mesmo da data de colheita ou acabam por se desfazer nos tapetes das colhedoras automáticas. Os mais consistentes acabam por ser colhidos, originando acréscimos nas taxas de depreciação nos controlos de qualidade das indústrias transformadoras.

Morfologia e Bioecologia

Os adultos medem cerca de 2 cm, com o corpo castanho claro nas fêmeas e esverdeado no caso dos machos. As asas anteriores são castanho ocre, em que se destaca uma linha de diversos pontos escuros junto às margens, as asas posteriores são salpicadas por diferentes tonalidades acastanhadas e uma larga banda escura na parte apical.

Os ovos são arredondados, de cor esbranquiçada, têm cerca de 0,5 mm de diâmetro, e apresentam estrias meridionais que vão de um pólo ao outro. Na fase terminal do desenvolvimento do ovo forma-se uma zona negra que corresponde à cabeça da larva. As fêmeas são atraídas para os tomatais, pela coloração amarela das flores, pelo que a deposição de ovos de Helicoverpa armigera se realiza, geralmente, a partir da segunda quinzena de Maio. Cada fêmea é capaz de realizar entre 200 e 1200 posturas (Figueiredo, et al, 2006).

As larvas, de forma cilíndrica, eclodem com cerca de 1,5 mm apresentando coloração diversa, inicialmente clara que vai escurecendo para uma tonalidade verde acastanhada. Possuem 5 pares de falsas patas e cumprem 5-7 estágios larvares (L1 a L7). Quando completamente desenvolvidas chegam a medir 4 cm de comprimento.

O combate à lagarta do tomate é mais fácil durante as fases larvares L1 e L2 já que nestas ela ainda se alimenta de folhas, sendo mais fácil a ingestão e o contacto com os agroquímicos. A partir desta fase o propósito da lagarta é chegar ao interior do fruto (preferencialmente ainda verde), o que consegue através da abertura de um orifício junto ao pedúnculo. O período de maior actividade das larvas é ao crepúsculo (momento em que os tratamentos insecticidas são mais eficazes) sendo que nas horas mais quentes do dia se refugiam nas partes mais sombrias da planta.

Quando completa o seu desenvolvimento, a larva desce ao solo, enterra-se até alguns centímetros e constrói uma câmara terrosa em que pupa. A pupa é uma crisálida, apresenta uma forma fusiforme podendo atingir o comprimento de 2 a 2,5 cm, tendo uma tonalidade parda.