Míldio em Vinha

Plasmopara vitícola

Míldio

Disponha de toda a informação para controlar o míldio em vinha: sintomas, condições climáticas, prejuízos, proteção e soluções contra esta doença da vinha.

É uma das principais doenças da videira.

O fungo é caracterizado como um endoparasita, ou seja, desenvolve-se no interior das folhas da videira.

É uma doença que surge habitualmente nas Primaveras muito chuvosas, quando se verifica a “regra dos três 10”: temperatura superior a 10ºC; precipitação acima de 10 milímetros; e pâmpanos com mais de 10 centímetros.

Hiberna sob a forma de oósporos no solo.

Sintomas

Folha – mancha de óleo de aspecto translúcido na página superior da folha, com posterior aparecimento de esporulação do fungo na página inferior sob a forma de manchas esbranquiçadas. Em ataques intensos verifica-se o dessecamento e queda das folhas.

No final do Verão aparecem pequenas manchas necrosadas entre as nervuras das folhas – “míldio mosaico”;

Inflorescências e cachos – bolor branco nas flores com posterior coloração acastanhada – “rot gris”;

Bagos – manchas acastanhadas com a forma de dedadas que comprimem o bago – “rot brun”.

Condições climáticas

Humidade relativa elevada - 92 a 100% (chuva e orvalho).

Temperatura de germinação dos oósporos entre 11ºC e 32ºC.

Prejuízos

Diminuição da capacidade fotossintética com posterior implicação na qualidade das uvas.

Diminuição ou perda total de produção, se o ataque aos cachos for intenso.

Estratégia de protecção

Deverá adoptar-se uma estratégia essencialmente preventiva e proceder a tratamentos fitossanitários sempre que se verifiquem condições para o desenvolvimento da doença, sobretudo se no ano anterior se verificou o aparecimento do míldio mosaico, que determina a quantidade de inóculo. A frequência e o número de tratamentos serão determinados pelas condições climáticas e pelas características dos fungicidas usados.

É importante promover o bom arejamento da sebe, bem como uma boa drenagem do solo.