Afídeos da Batateira

Macrosiphum euphorbiae Thomas, Myzus persicae Sulzer

Afídeos

Afídeos da Batateira - Macrosiphum euphorbiae Thomas

Morfologia

Adulto – De coloração rosada a verde, apresenta dimensões superiores à do Myzus persicae.

Bioecologia

Normalmente, as populações de Macrosiphum euphorbiae sobrevivem partenogeneticamente, hibernando nos brolhos da batata.

No entanto, também podem ter como hospedeiro primário a roseira (ovos de Inverno).

Prejuízos

Os afídeos constituem um grave problema fitossanitário na cultura da batata.

O facto de se alimentar da seiva da planta, em diferentes orgãos desta, associado à sua enorme capacidade de reprodução faz com que esta praga origine prejuízos muito graves.

Os estragos directos resultam da sucção da seiva, o que causa um enfraquecimento geral da planta atacada.

As plantas atacadas apresentam folhas enroladas e, por vezes, aparecem manchas amareladas nas folhas, bem como cloroses, deformações e hiperplasias, com repercussões negativas na produção final.

Ataques muito fortes podem originar, ainda, caules distorcidos.

Para além destes problemas o Macrosiphum euphorbiae excreta uma grande quantidade de melada o que compromete o normal desenvolvimento da folhagem. Esta melada acaba, posteriormente, por constituir um substrato alimentar para a instalação de fungos saprófitas como a fumagina.

Quanto aos prejuízos indirectos o Macrosiphum euphorbiae é responsável pela transmissão do vírus do enrolamento, do vírus Y e do vírus A da batateira.

Estratégia de protecção

Tendo em consideração a sua enorme capacidade de reprodução, bem como o facto de serem transmissores de viroses, há que tratar ao aparecimento das primeiras colónias e repetir sempre que necessário.

Afídeos da Batateira - Myzus persicae Sulzer

Insecto cosmopolita e extremamente polífago, sendo transmissor de mais de cem viroses conhecidas, razão pela qual se torna altamente nocivo para as culturas.

Morfologia 

Existem indivíduos alados e indivíduos ápteros.

Regra geral os indivíduos alados apresentam uma coloração mais escura na cabeça, tórax e dorso do abdómen.

Adulto – De coloração verde a verde-amarelado, apresenta cifões verdes, bastante largos e dilatados.

Bioecologia 

Estes afídeos são dióicos (apresentam vários hospedeiros secundários) e holocíclicos (com geração sexuada).

Os pessegueiros (bem como outras prunóideas) são hospedeiros primários – planta onde se desenvolve a fêmea sexuada e onde se faz a postura.

Por outro lado, algumas plantas herbáceas apresentam-se como hospedeiros secundários – plantas para onde migram as gerações descendentes dos ovos.

As posturas são efectuadas na base das gemas dos pessegueiros, local onde os ovos passam o Inverno. A sua eclosão ocorre em Fevereiro.

Nos rebentos do pessegueiro desenvolvem-se 2 a 3 gerações. Na 3ª todos os indivíduos são alados e migram, não havendo afídeos no hospedeiro primário em Junho.

A emigração de Abril a Junho é gradual, sucedendo-se diversas gerações nos hospedeiros secundários.

No período do Verão ocorrem infestações na cultura da batata. Estas avançam no campo, normalmente, de acordo com a direcção do vento.

As plantas das bordaduras são geralmente mais atacadas que as plantas do centro, observando-se que os ataques incidem principalmente nas partes jovens das plantas.

O voo de retorno acontece em Setembro.

Prejuízos

Os afídeos constituem um grave problema fitossanitário na cultura da batateira, podendo alimentar-se em diferentes orgãos da planta, através da sucção da seiva.

O facto de se alimentarem da seiva da planta (estragos directos), associado à sua enorme capacidade de reprodução faz com que originem prejuízos graves.

As plantas atacadas apresentam um evidente enfraquecimento geral, folhas enroladas e, por vezes, manchas amareladas nas folhas.

Para além destes sintomas, é possível observar cloroses, deformações e hiperplasias das folhas.

O resultado final tem repercussões negativas na produção final.

Quanto aos prejuízos indirectos o Myzus persicae é responsável pela transmissão do vírus do enrolamento.

Estratégia de protecção

Tendo em consideração a sua enorme capacidade de reprodução, bem como o facto de serem transmissores de viroses, há que tratar ao aparecimento das primeiras colónias e repetir sempre que necessário.