Colóquio Vinha Syngenta debate doenças do lenho

Os prejuízos económicos causados pelas doenças do lenho na viticultura nacional estão por apurar à escala nacional, mas o problema afeta todas as regiões vitivinícolas com gravidade. A Syngenta levou o tema a debate num colóquio organizado na Adega Cooperativa de São Mamede da Ventosa, a 4 de Março.
Cerca de 150 associados da Adega Cooperativa de São Mamemede da Ventosa, no concelho de Torres Vedras, participaram no Colóquio Vinha Syngenta, a 4 de Março, onde foram analisados os principais problemas fitossanitários da vinha e apresentadas soluções da gama Syngenta para proteção desta cultura.
A jornada dedicou especial atenção às doenças do lenho, que tendem a agravarse na região Oeste, em especial a Escoriose Europeia. Diferentes espécies de fungos do género Botryosphaeria têm sido associadas a esta doença, que causa danos diretos nas videiras e danos indiretos, com impacto na longevidade das vinhas. Em Portugal, ocorre com elevada incidência e severidade nos diferentes materiais de propagação vegetativa, videiras jovens e adultas.
«A Botryosphaeria causa a morte das cepas mesmo em vinhas jovens. Em zonas mais húmidas do Oeste, 2 anos após a plantação há cepas que morrem devido a esta doença, condicionando a produtividade da vinha e o retorno do investimento. Acreditamos que muitas vezes as plantas já vêm infetadas dos viveiros», explica Alexandra Santos, responsável de Viticultura da Adega Cooperativa de São Mamemede da Ventosa.
O investigador Jorge Sofia, especialista no estudo deste problema fitossanitário da vinha, foi convidado a falar de sintomas, prevenção e controlo do complexo de doenças do lenho. Fruto dos ensaios que realiza há vários anos na região do Dão, comparando a sensibilidade de diferentes castas à doença da esca, e da observação de inúmeras vinhas noutras regiões do país, Jorge Sofia conclui que «a Esca está presente em muitas vinhas com mais de 10 anos, sendo frequente encontrar uma incidência superior a 5%». A rápida progressão de fungos associados a esta doença nos tecidos lenhosos da vinha também foi comprovada por este investigador: «no período de um ano, desde a inoculação da videira com Phaeomoniella chlamydospora, este fungo evolui vários cm (por vezes mais de 5 cm) nos talões infetados, comprometendo a viabilidade da planta».
«A Esca é um problema gravíssimo a nível nacional, desde o Minho ao Algarve, todos os anos morrem inúmeras videiras afetadas por esta e outras doenças do lenho. Os prejuízos para o setor são enormes», acrescenta o técnico da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, lembrando que a doença afeta outras regiões vitivinícolas da Europa. Em França, por exemplo, o problema está a ser encarado de forma muito séria, tendo sido nomeada uma comissão nacional para o estudo das doenças do lenho por parte do Governo de François Holande.
Em Portugal, existe uma preocupação com a qualidade do material de propagação (garfos e porta-enxertos), embora a legislação seja omissa quanto ao controlo das doenças do lenho em jovens plantas de vinha. Duas doenças são responsáveis pelo chamado “declínio das jovens videiras”: doença de Petri (originada por fungos similares aos causadores de Esca) e pé negro (podridão radicular que provoca a morte do bacelo, sendo um sintoma suspeito desta doença a emissão de 2 patamares de raízes). Há trabalhos científicos que apontam a eficácia de tratamentos preventivos do material de propagação, através da sua imersão numa calda contendo um fungicida de largo espectro antes da plantação, para evitar a contaminação de novas plantas por solos contaminados com os fungos associados ao pé negro.
A Adega Cooperativa de São Mamemede da Ventosa preconiza uma estratégia preventiva das doenças do lenho que inclui: a desinfeção das feridas da poda com fungicidas à base de cobre; a desinfeção das tesouras de poda e a aplicação de 2 tratamentos preventivos com um fungicida como o Score, que tem ação tanto no controlo da Escoriose Europeia, como da Escoriose Americana (Phomopsis viticola). «O posicionamento correto pressupõe a aplicação do fungicida entre a fase da ponta verde até às 2-3 pontas livres, com 2 tratamentos que garantem a cobertura de toda a fase de rebentamento da vinha», explica Alexandra Santos.
O Quadris Max é outra solução Syngenta indicada para proteção da Escoriose, controlando simultâneamente o míldio, o oídio e o Black Rot da videira. É essencial posicionar este produto na fase inicial do ciclo vegetativo da videira, entre o gomo de algodão e as 2-3 folhas, para garantir a sua eficácia. Os tratamentos deverão ser efetuados com uma cadência de 12 dias, reduzindo para 10 dias sempre que as condições climáticas sejam favoráveis à ocorrência dos agentes patogénicos.
No Colóquio, a Syngenta teve ainda oportunidade de apresentar a sua nova solução anti-oídio - o Dynali- , agora também disponível em embalagens mais reduzidas, e que é aconselhada para tratamentos a partir da fase dos cachos visíveis. Este fungicida tem ação preventiva e curativa, sendo formulado com base em 2 substâncias ativas de grupos químicos diferentes.
A Syngenta é uma das empresas líderes no seu ramo de actividade. O grupo emprega mais de 27.000 pessoas em mais de 90 países, com um único objectivo comum: trazer para a vida o potencial das plantas. Através da excelência dos nossos cientistas, da nossa presença a nível mundial e do empenho de todos os nossos colaboradores em responder às necessidades dos nossos clientes, ajudamos a maximizar a produtividade e o rendimento das culturas, a proteger o ambiente e a melhorar a saúde e a qualidade de vida. Para mais informações sobre a Syngenta, consulte o site www.syngenta.pt o www.syngenta.com.