APH forma futuros engenheiros agrónomos em 24H Agricultura

Foram 24 horas non stop, em que os futuros agrónomos vindos de todo o país e também de Espanha testaram conhecimentos em cerca de 30 provas tão diferentes como calibrar um pulverizador, calcular a área da parede foliar num pomar, montar um sistema de rega, calcular o arraçoamento de bovinos ou negociar financiamento para uma exploração agrícola.
Da Escola Superior Agrária de Coimbra, a 1 e 2 de Abril, 150 alunos saíram mais ricos em competências técnicas e rede de contactos para a vida profissional, apesar do cansaço!
Já lhe chamam a maior maratona agrícola do mundo, e apesar da ausência de registo no Livro de Recordes do Guiness, é desta forma que participantes e organizadores sentem e vivem as 24H Agricultura Syngenta. Um evento cheio de adrenalina, que exige concentração, conhecimento, trabalho de equipa, gestão de tempo e de stresse e sobretudo resistência, como qualquer maratona.

Nesta 2ª edição das 24H Agricultura Syngenta a estória desenrolou-se a partir de uma premissa que orientou toda a competição. Domingos Almeida, presidente da Associação Portuguesa de Horticultura (APH), deu o mote no início do dia: «A partir deste momento, deixam de ser estudantes e passam a ser quadros técnicos do Chalé do Bispo, empresa familiar que se dedica à fruticultura, horticultura e pecuária, e que em 2015 faturou 2, 5 milhões de euros. No entanto, no último ano, surgiram rumores sobre a estabilidade financeira da empresa e, todas as decisões que tomarem a partir de agora, devem ter em conta este facto».
Seguiram-se cerca de 30 provas, entre desafios teóricos e práticos que foram acontecendo ao longo das 24 horas. As provas práticas concentraram-se ao longo do dia, no campo, e as provas teóricas foram divididas entre o período diurno e noturno no quartel-general do evento, um antigo armazém adaptado à competição. O aquecimento começou com o desafio de escrever um artigo técnico sobre a Agricultura de Precisão, o tema desta edição das 24H Agricultura Syngenta.

O primeiro contato com as novas tecnologias surgiu através de uma curta formação sobre a plataforma informática Geofolia, da Isagri, repositório de toda a informação necessária à gestão de uma exploração agrícola acessível via smart phone. Munidos da aplicação informática, os estudantes foram convidados a pôr as mãos na terra, com uma prova de plantação de alfaces (cedidas pela Germiplanta) e instalação de um sistema de rega da Magos Irrigation Systems. Ao lado, a Tecniferti lançava as bases teóricas para uma prova sobre fertilização de precisão, tecnologia em que é pioneira em Portugal.
Ainda na manhã de sábado, os estudantes foram desafiados pela Syngenta a detetar a doença presente num pomar de pessegueiros e a medir a parede de área foliar, informação essencial para calcular a quantidade de fungicida e o volume de calda a aplicar. Enquanto isso, outras equipas aprendiam mais sobre os critérios de avaliação da qualidade de framboesas para exportação, a convite da Hubel Agrícola, um dos maiores produtores nacionais deste pequeno fruto.

Seguiram-se a prova de utilização e conhecimento de máquinas e alfaias agrícolas, com o apoio da Herculano Alfaias Agrícolas, a prova de inspeção de pulverizadores, obrigatória por lei desde 2016, e o roteiro de calibração de um pulverizador. Estas últimas da autoria da Syngenta, John Deere e Pulverizadores Rocha. Através da aplicação My John Deere os estudantes contataram com plataformas de agricultura de precisão ligadas aos tratores da marca através do sistema ISOBUS, e puderam aceder em Coimbra ao que se passava num campo da Golegã.
O momento da crise chegou à hora do jantar. Os concorrentes souberam que a empresa familiar Chalé do Bispo estava em vias de falência e foram convidados a tomar decisões para evitar tal desfecho. As provas sucederam-se: colheita urgente ou não face ao limar de rentabilidade; briefing com a Agrogarante sobre custos do financiamento e garantia bancária para compra de parcelas agrícolas; plano de negócios; negociação de compra.

Já com a noite bem avançada, foram introduzidas novas dinâmicas práticas na competição para manter os concorrentes alerta: um pedi-paper de hora e meia pelo campus da ESAC; uma inopinada conferência de imprensa para testar as suas capacidades de comunicação; um desafio de networking em que as equipas foram desafiadas a juntar-se em consórcio e ainda duas provas da Syngenta, sobre armazenamento seguro de produtos fitofarmacêuticos e identificação e escolha de bicos de pulverização.
Pelo meio, o convívio, a entreajuda, a gestão do tempo e do cansaço tornaram mais uma edição das 24H Agricultura Syngenta inesquecíveis para todos os que nela participaram.
Os vencedores serão anunciados a 22 de Abril, numa cerimónia a realizar na ESAC, coincidindo com as comemorações dos 130 anos desta instituição de ensino.
A opinião da organização:
«A APH voltou a proporcionar a 150 alunos do ensino agrário português, e pela primeira vez também a alunos espanhóis, uma experiência pedagogia disruptiva. Este ano o valor agrícola de nova geração foi estimulado através das tecnologias da agricultura de precisão e de exatidão. Os concorrentes experienciaram a revolução tecnológica da nossa agricultura através de provas técnicas e comportamentais e de teste às suas capacidades sistémicas e conceptuais. É desta forma que a APH, junto com 11 empresas que estão a gerar inovação no setor agrícola, está a ajudar os futuros engenheiros e técnicos agrónomos a transitar para a vida ativa», Domingos Almeida, presidente da APH.
«As 24H Agricultura Syngenta provam que existe uma renovação de gerações na agricultura e que podemos contar com os jovens. O balanço final é muito positivo. É um grande evento que a IAAS Portugal quer continuar a coorganizar nos próximos anos», Diogo Rita, IAAS Portugal- Associação Internacional de Estudantes de Agricultura e Ciências Relacionadas.
«É muito gratificante perceber que existe em Portugal uma futura classe profissional agrícola composta por pessoas interessadas e motivadas, que nos permitem antever um futuro positivo para este setor da economia. Esperamos fazer mais edições das 24H Agricultura Syngenta e que no mínimo corram tão bem como esta», Filipe Ferreira, partner da SFORI, empresa de formação experiencial.
«Foi com imenso prazer que a Escola Superior Agrária de Coimbra aceitou o desafio da APH para ser anfitrião da edição 2017 das 24H Agricultura Syngenta, coincidindo com o ano em que a ESAC comemora 130 anos», João Noronha Presidente da ESAC.
Para mais Informações contactar:
Nélia Silva, Editora Executiva da APH | revista@aphorticultura.pt |+351 966 921 904 ou 936 924 694
Sobre os Organizadores:

A Associação Portuguesa de Horticultura (APH) é a maior e mais ativa associação técnico-científica nacional na área das ciências agrárias, com fortes ligações ao meios científico, académico e profissional, a nível nacional e internacional. Em 2016 a APH comemora 40 anos de existência. No âmbito da APH, a Horticultura inclui as diferentes fileiras de produtos de alto valor, nas vertentes de Fruticultura, Viticultura, Olivicultura, Horticultura Herbácea e Horticultura Ornamental. Em conjunto, estas atividades representam mais de 3 mil milhões de euros com crescente potencial exportador e de inovação. www.aphorticultura.pt

A IAAS - International Association of Students in Agricultural and Related Sciences, foi fundada em 1957 em Leuven, com o objetivo de promover interesses comuns dos estudantes de agricultura, está presente em cerca de 30 países com 10 000 estudantes membros. A IAAS Portugal existe desde 1961, tem sede do comité nacional no Instituto Superior de Agronomia e representação nas principais instituições de ensino superior agrário em território nacional. Atualmente conta com 7 Comités Locais: a IAAS UTAD, IAAS Coimbra, IAAS Santarém, IAAS Ponte de Lima, IAAS Porto, IAAS Évora e IAAS Viseu. www.isa.utl.pt/iaasport/

A SFORI é uma consultora de formação e desenvolvimento que assume e garante transformação dos seus parceiros. Somos reconhecidos pela nossa capacidade de inovação, customização e pelos resultados obtidos pelas nossas metodologias de intervenção, que conjuntamente com a excelência e o impacto das nossas soluções (92,5% de satisfação), ditam o nosso “claim” People Upgrade Company. O know-how e experiência acumulados, gerou a expertise necessária para que pudéssemos intervir de forma mais específica em várias áreas do desenvolvimento de pessoas, arquitetando programas avançados, onde são usadas uma multiplicidade de ferramentas e metodologias que visam como fim único, o gerar retorno para o negócio, através da potenciação do desempenho dos colaboradores. www.sfori.com