Bacterioses - Ponteado bacteriano em Tomate

Pseudomonas syringae pv. Tomato Young et al.

Bacteriose

Esta é uma doença que geralmente não atinge dimensões muito elevadas e em certos anos ou parcelas pode mesmo não ocorrer. Quando surge é normalmente consequência de trovoadas ou de queda de granizo. Existem diversas variedades de tomate para indústria que possuem elevada resistência a este agente patogénico.

Sintomas e Danos

Esta doença, causada pela presença de uma bactéria do género pseudomonas pode manifestar-se em qualquer órgão da parte aérea do tomateiro, desde o caule ao fruto. Caracteriza-se por um ponteado de cor castanha ao negro. Os pontos escuros são envoltos por halo amarelo, que apenas se torna visível algum tempo após surgir o ponteado negro. O ponto negro é visível em ambas as páginas da folha mas é mais visível na inferior. Nos frutos surgem pústulas diminutas com relevo que antes da maturação se encontram circundadas por uma margem verde escura. Os danos causados por esta bactéria podem originar quebras de 30% na produção, mas estes são apenas significativos aquando de elevada desfoliação e do ataque aos órgãos florais, causando abortamentos das flores. Outro tipo de prejuízo reside ao nível da qualidade visual dos frutos, não afectando no entanto a polpa do mesmo.

Biologia e Epidemiologia

Esta é uma bactéria que pode estar presente no solo, nos restos de culturas anteriores e nas próprias sementes. Nos casos mais graves as infecções dão-se devido a pequenas lesões ocorridas na epiderme das folhas, normalmente causadas pela fricção das folhas, por picadas de insectos, por chuvas intensas ou queda de granizo. Estas infecções dão-se principalmente nas primaveras muito chuvosas, época em que as temperaturas são relativamente baixas. A doença começa a manifestar-se cerca de 10 dias após a infecção. A propagação desta doença pode ocorrer pela chuva e pelo vento que ao transportar pequenas gotículas de água, podem levar consigo o agente patogénico.

Condições Favoráveis à Doença

As condições favoráveis ao desenvolvimento desta doença caracterizam-se por temperaturas de 18 a 24ºC com orvalho, nevoeiro, chuva intensa ou granizo, bem como manutenção de humidade relativa elevada durante mais de 24 horas. Em estufa, para se evitar a promoção de humidades elevadas devem ser evitadas as regas durante a tarde bem como a elevada intensidade das mesmas.