Podridão Cinzenta em Tomate

Botrytis cinerea

Podridão cinzenta

Sintomas

A botrytis ataca as folhas, os pedúnculos, as flores, as sépalas, os frutos e o caule.

Os tecidos infectados cobrem-se de um mofo cinzento muito característico.

Podridões castanhas e húmidas, muitas vezes ligadas a lesões sofridas durante o plantio, formam-se no colo da planta.

Manchas em anéis concêntricos mais escuros aparecem na face superior dos folíolos.

Nas caules, cancros beges ou castanhos escuros aparecem no sítio de feridas feitas durante o desfolhamento.

Em frutos, a contaminação vem das sépalas ou pétalas secas.

Os sintomas iniciais são podridões moles e de cor cinza-bege. Os ataques podem ocorrer directamente na fruta verde ou vermelha. Neste caso, visualizam-se manchas ou anéis translúcidos em branco de 3 a 6mmm de diâmetro com um ponto central de necrose.

Ciclo de desenvolvimento

A botrytis é considerado principalmente como um saprófita que ataca inicialmente as células alteradas (lesões mecânicas ou insectos, secura) para, em seguida, invadir os tecidos saudáveis.

É composto por filamentos que reproduzem órgãos de propagação vegetativa e esporos ou conídios.

Esta esporulação é muito abundante.

Os esporos depositam-se em partes lesadas, senescentes ou mortas e contaminam o resto da planta.

O fungo conserva-se nos restos vegetais e no solo sob a forma de esporos (conídios), de micélio ou de escleródios. Os escleródios têm uma aparência preta brilhante. São viáveis por muito tempo.

Factor favorável

É um parasita pouco exigente para se desenvolver.

As condições favoráveis para o seu desenvolvimento caracterizam-se por temperaturas médias entre os 16 e os 23°C, associadas a uma elevada humidade relativa (acima dos 95%).

Os esporos necessitam de água livre para a sua germinação.

O excesso de azoto favorece também o seu desenvolvimento.

As correntes de ar favorecem a sua disseminação.

Danos

Este fungo é especialmente perigoso em culturas de tomate em estufa, especialmente no Inverno e no início da Primavera.

O clima especial em estufas, assim como métodos intensivos de produção, tornam mais difícil o controle desta doença.

Medidas de profilaxia

As medidas preventivas procurarão minimizar os factores de risco.

Em viveiro,

  • Trabalhar com substratos desinfectados.
  • Evitar plantar muito densamente.
  • Reduzir a humidade relativa.
  • Evitar os ferimentos.

Em cultura,

  • Evitar todo o tipo de excesso de humidade e de condensação nas folhas. Para isso, convém agir no ambiente climático para garantir uma boa ventilação das estufas.
  • Retirar totalmente todos os suportes de contaminação (folhas secas, frutas podres,...).
  • O desbaste das partes mais antigas deverá realizar-se o mais perto do caule.
  • Tratar logo que os sintomas apareçam.

Para as intervenções químicas localizadas ou generalizadas, é recomendado o uso de produtos químicos de famílias diferentes, para evitar o risco de resistência.

A luta biológica, climática e o uso de películas de plástico estão em estudo.