Ácaros em Morangueiro

Ácaros

Os ácaros fitófagos que afectam a cultura do morangueiro são, fundamentalmente, os tetraniquídeos, vulgarmente designados aranhiços.

Os tetraniquídeos são avermelhados ou amarelados, podendo apresentar duas manchas escuras no dorso.

Estas manchas são mais visíveis nos estados ninfais, os quais apresentam indivíduos de menor tamanho que os adultos e, geralmente, de cor clara.

Vivem preferencialmente na página inferior das folhas e o seu ciclo de vida compreende cinco estados de desenvolvimento: ovo, larva, duas ninfas (protoninfa e deutoninfa) e adulto.

Polífagos, ainda que mais frequentes em plantas herbáceas, são, em geral, tecedores de teias, as quais retêm a humidade e asseguram protecção contra os factores ambientais, os predadores e os tratamentos.

Têm grande capacidade de multiplicação, em condições ambientais favoráveis, como sejam temperatura alta, com o máximo a rondar os 30ºc, e baixa humidade relativa.

Como na generalidade dos ácaros, a dispersão dos tetraniquídeos faz-se, principalmente, pelo contacto entre plantas, pelo arrastamento pelo vento, provavelmente a melhor solução, podendo ser transportados isoladamente ou em folhas por eles ocupadas, pelo transporte fornecido por insectos e aves e pelo Homem, nas suas práticas culturais.

Os tetraniquídeos, com a sua armadura bucal picadora-sugadora, alimentam-se nas folhas (principalmente), onde, sugando o conteúdo celular, originam descoloração pontilhada, redução da fotossíntese e o consequente bronzeamento, devido à morte dos tecidos.

Em situações graves, além da perda de vigor e dificuldades de maturação, os aranhiços podem, ainda, causar necroses nos frutos, com redução do valor comercial, advindo, também, problemas da presença de teias.