Cochonilha em Vinha
Cochonilhas
Morfologia
- Ovo - envolvidos num saco seroso e branco.
- Ninfa - semelhante ao adulto mas mais pequena.
- Fêmea adulta - 3 a 5 milímetros de comprimento, branco-amarelada a rosada com filamentos brancos à volta do corpo e rodeada de secreções serosas brancas.
Bioecologia
Hiberna no estado de fêmea adulta ou de ninfa em abrigos, como as fendas dos postes de madeira da vinha, debaixo da casca das cepas, nas varas, tronco ou mesmo nas raízes principais da videira.
Pode completar 3 a 4 gerações por ano, sendo sempre móvel.
Os primeiros ataques ocorrem na Primavera, acompanhando a rebentação da vinha. As cochonilhas instalam-se na parte aérea de cepa, fixando-se na terço inferior das varas e nas folhas, sobretudo na página inferior junto à nervura principal. Nas gerações seguintes invadem o interior dos cachos já formados.
Prejuízos
As cochonilhas sugam a seiva da videira podendo, em ataques muito fortes causar desfoliação precoce das cepas e mesmo o seu enfraquecimento, se os ataques se derem em anos sucessivos.
Devido à secreção de melada açucarada é vulgar ocorrer o enegrecimento das cepas e órgãos atacados devido à instalação de um fungo – fumagina – e o aparecimento de formigas. Esta situação associada à presença do algodão, típico desta praga, desvaloriza a uva de mesa.
Estratégia de Protecção
É importante conhecer o historial da vinha em relação a esta praga e detectar os sinais do ano anterior (cepas negras com fumagina) assim como a presença de algodão por baixo da casca das cepas, no Inverno.
Durante o ciclo, a presença abundante de formigas nas cepas é sinal indicador de ataques de cochonilha-algodão.
Os tratamentos devem ser realizados, preferencialmente, na Primavera, aproveitando a saída das ninfas e adultos dos locais de hibernação para as novas folhas e pâmpanos. Podem também ser realizados tratamentos de Inverno ou numa fase mais adiantada do ciclo da videira mas com menor eficácia.