Traça da oliveira

Prays oleae Bern

Traça

Morfologia

  • Ovo - ligeiramente oval, no início com uma coloração leitosa e mais tarde amarelada.
  • Larva - verde pálido e rosada.
  • Pupa – envolvida num casulo geralmente entre 2 folhas, nos botões florais ou no solo.
  • Adulto – pequena borboleta de asas prateadas e com manchas escuras.

Bioecologia

Três gerações bem distintas:

  • Geração filófaga – inicia-se em Outubro e desenvolve-se nas folhas;
  • Geração antófaga – inicia-se com as posturas nos cálices dos botões florais, geralmente no 1º ou último nível do cacho floral, durante a Primavera e antes da floração (estados fenológicos C/D); a larva penetra no botão floral e alimenta-se de todo o seu conteúdo formando ninhos com fios sedosos (aspecto de teia), excrementos e pétalas secas.
  • Geração carpófaga – inicia-se com as posturas nos frutos jovens, geralmente no cálice, durante o verão; a larva penetra no na azeitona junto ao pedúnculo e dirigem-se para o interior alimentando-se do tegumento da amêndoa (caroço), provocando a queda de frutos;

As temperaturas máximas superiores a 30ºC podem provocar elevada mortalidade dos ovos da geração carpófaga.

Prejuízos

  • Geração filófaga – galerias entre a epiderme das folhas e destruição dos gomos terminais; grave nos olivais jovens.
  • Geração antófaga – destruição de flores; a alimpa é dificultada devido ao fios sedosos, excrementos e pétalas secas; pode originar a queda de frutos já vingados.
  • Geração carpófaga – origina elevada queda de frutos a seguir ao vingamento, entre Julho e Agosto, devido a penetração das larvas no fruto e em Setembro devido à saída da larva para pupar.

Estratégia de protecção

São duas as oportunidades de tratamento:

  • Ao início da floração, com 20 – 30% flores abertas, que é quando os produtos são mais eficazes no controlo das larvas, uma vez que é quando estas se encontram no exterior dos ninhos.
  • Quando as larvas estão a introduzir-se nos frutos, coincidindo com 20 a 50 % de ovos eclodidos.