Tecnologia Syngenta eficaz na proteção das vinhas na Região dos Vinhos Verdes
A produção de Vinho Verde sofreu este ano uma quebra de 20%, mas os vinhos apresentam excelente qualidade, são muito equilibrados, com acidez média a baixa e bons teores de álcool. As conclusões foram apresentadas nas Jornadas Técnicas de Balanço do ano vitivinícola 2018, promovidas pela CVRVV (Comissão Vitivinícola da Região dos Vinhos Verdes) na Estação Vitivinícola Amândio Galhano (EVAG), em Arcos de Valdevez, a 7 de Dezembro.
A estratégia de proteção fitossanitária Syngenta aplicada nas vinhas da EVAG foi eficaz no controlo do míldio, oídio, traça-da-uva e flavescência dourada.
O ano vitícola na região dos Vinhos Verdes caracterizou-se por uma floração tardia (3 semanas de atraso), mas as temperaturas elevadas e o tempo seco na fase de maturação das uvas (Agosto e Setembro) permitiram recuperar o atraso no ciclo de desenvolvimento da videira e beneficiaram a qualidade das uvas, tendo a vindima ocorrido em período regular (meados de Setembro).
«As temperaturas acima de 40ºC na 1ª semana de Agosto causaram escaldão nos cachos e nos bagos e esta foi a principal causa da quebra de produção (cerca de 20%) de vinho na região», explica João Garrido, responsável técnico da EVAG.
O estado fitossanitário das uvas vindimadas na região foi em geral bom, tendo sido possível controlar os ataques de míldio e oídio com uma estratégia preventiva bem definida, apesar das condições propícias ao desenvolvimento destas doenças (temperaturas amenas e chuva) nos meses de Junho e Julho.
Nas vinhas da EVAG, em Arcos de Valdevez, foi aplicado um programa com 6 tratamentos Syngenta, recorrendo aos produtos Quadris Max, Ridomil Combi, Pergado, Ampexio, Cuprocol, Thiovit e Dynali para controlo do míldio e do oídio, as principais doenças com impacto económico nas vinhas do Minho. Foram ainda aplicados Luzindo e Karate Zeon para controlo da traça-da-uva e do inseto vetor da flavescência dourada. «Não tivemos qualquer problema nas nossas vinhas (24 hectares), a eficácia dos produtos Syngenta foi total», garante João Garrido.
Recorde-se que existe entre a Syngenta e a Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes (CVRVV) um protocolo de formação que permite aos viticultores da região aprofundar o conhecimento sobre proteção da cultura da vinha e as boas práticas de pulverização. Os técnicos da Syngenta integram a equipa de formadores da “Academia dos Vinhos Verdes”, que em 2018 ministrou mais de 15 cursos de formação para viticultores em toda a região do Minho.
Ainda durante as Jornadas Técnicas de Balanço foi abordado o tema das doenças do lenho, que são uma preocupação crescente para os viticultores europeus e também em Portugal. «Os prejuízos causados pelas doenças do lenho (esca, eutipiose e escoriose) já são quase tão graves como os causados pelo míldio e o ódio», reconhece o técnico da EVAG, alertando para a importância do controlo das condições de produção das plantas nos viveiros, de onde chegam muitas vezes contaminadas aos viticultores.
A parte da tarde das Jornadas foi dedicada à enologia, Francisco Antunes da Aliança Vinhos de Portugal partilhou os 25 anos de experiência na produção de espumantes, enquanto Maria José Pereira e Patrícia Porto, técnicas do laboratório da CRVVV, apresentaram a caracterização química e sensorial dos vinhos nos últimos 14 anos e Óscar Pereira, da DRAP Norte, falou sobre a evolução da maturação das castas Loureiro e Vinhão nos últimos 12 anos. «Com as mudanças do clima tem havido uma melhoria dos vinhos verdes. Em anos mais quentes o teor alcoólico dos vinhos aumenta, porque há uma relação direta entre a subida da temperatura e o aumento do grau de açúcar nas uvas. Além do maior grau alcoólico, os anos quentes geram vinhos mais encorpados», explica João Garrido.
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